Fui ao Sul. Fui ao Sul para encontrar, para me encontrar porque perdida, em tempos, me parecia estar. Perdida numa selva alegórica cujas criaturas, minhas conhecidas por apresentar e descobrir, por explorar e desafiar, em mim habitavam. A mim me habituavam a viver numa loucura insana, sem sentido e direccionada. Fui ao Sul para sentir o vento na cara a falar-me ao ouvido e nada ouvir. Para descobrir o que sabia sem sequer o saber. Que o contraste do azul céu com o creme seco palha faz nascer papoilas no ninho das cegonhas. Mas no sul nada encontrei nem me encontrei e segui. Segui os pontos cardeais Sul acima para em todos eles me picar na sua ponta aguçada, afiada, que me desfiava sem sentir ou mentir, a mim. Meti-me Sul a dentro para não soluçar o compasso das horas e apenas dançar no imaginário da ficção, protegida a vidro arco-íris. No Sul permaneci, embalada no bolero baloiçante dos rolos de palha plantada na planície geométrica azeitona.
5 comentários:
"Fui ao Sul".. e.."No Sul permaneci.."!!!!
Sem saber nada de ti.. Continua a tua "viagem"... E por que ainda és a tua vida, só te "encontrarás" se o teu coração fôr o "centro geodésico" da "rosa-dos-rumos"...
Boa "viagem"...
A "rosa-dos-rumos" ruma em várias direcções e eu rumo para onde o fio de prumo me deixa mais recta, vertical, direita e directa. Rumo sempre para encontrar o equilíbrio, mesmo que o "centro geodésico" esteja deslocado!
Tento :)
Pensando melhor és capaz de ter uma certa razão...
O "centro geodésico" humano deve estar, permanentemente, a querer "saltitar/deslocar" entre o racional e o emotivo. O encontro dos dois é impossível, ou quase...
Tenta que o "teu fio de prumo" te leve sempre àquilo que és...
Boa "viagem"...
Igualmente :)
"DARN"!!!
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