19 de setembro de 2009

acto do inconsciente para a sobrevivência

agrafo as janelas e as portas que ficaram abertas sem que para isso houvesse intenção consciente na inconsciência da acção e do querer
grito para as brechas por onde passa a luz em ebulição que queima ao toque da memória para que se fechem e calem e espoliem o que há a temer
canto para as paredes porosas espumosas onde se esvai a vontade a conta gotas para exorcizar os casulos onde se formam as borboletas em flor que lutam por viver
desafio o equilíbrio gravitacional em pontas e aponto para a ferida onde coloco sal e espremo e calco e olho de frente até sangrar para sorver como a um leito de um rio imberbe que segue até o mar o deter

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