21 de junho de 2009

Estrela Cadente


Ontem vi!
Uma Estrela Cadente!!
Em plena cidade!
Em plena varanda na cidade!
A noite estava estrelada, o céu límpido sem uma única núvem a turvar a minha visão e, de repente, o ponto brilhante, luminoso, fugitivo desapareceu. Tão depressa e tão fugaz quanto a sua aparição. Mas eu vi-o, naqueles breves segundos, terão sido dois? três? em que me concedeu a honra de o admirar, o ponto exibicionista.
Seria o Verão a chegar?
A brilhar para mim em plena noite estrelada?
A iluminar a minha mente e os meus pensamentos?
A avisar-me que não é só o meu solstício que está em erupção?
O Solstício é um ponto de mudança. Está implícita uma mudança na continuidade, marcada por um dia específico. É o início de algo. Em Junho é quando as noites começam a ficar maiores, em Dezembro os dias. É a meta e a casa de partida ao mesmo tempo. "Solstício; s. m. momento em que o Sol alcança, no movimento anual aparente, qualquer dos dois pontos da eclíptica mais afastados do equador celeste (ponto solsticial de Junho e ponto solsticial de Dezembro), e onde parece estacionar alguns dias (Lat. solstitiu)." A sua ciclicidade é o relógio sem ponteiros das estações que dividem em quatro o nosso tempo que aponta para o tempo seguinte. Quanto tempo fica estacionado? Quanto tempo nos permitimos ficar estacionamos quando em mudança? O tempo que o tempo nos dá para pensarmos no tempo que temos e no tempo queremos ter.

Vi-a, a Estrela Cadente, à uma da manhã.

O Verão só chegou às 5:45 .

E eu?

2 comentários:

Lina disse...

Essa estrela cadente foi encomendada de propósito para festejar em condições o teu solstício.

CarMG disse...

Se assim foi, porque é que ela fugiu a correr? Digo, a voar? De quem é que ela não gostou? Ou de quê?