12 de junho de 2009

Despertas pelo Sol, as coisas inicíam o seu bulício de seres vivos

"Ficaram abertas as portadas da janela e o Sol acorda-me cedo. Entra pela vidraça. Começa a derreter os ramos de gelo que o frio cristalizou pelo lado de dentro. Olho esses ramos um instante. Desenham-se com curvas regulares, estampam-se nos vidros quase simetricamente. Filetes de água cortam já um ou outro, como na chapa de uma gravura que se destrói. Despertas pelo Sol, as coisas iniciam o seu bulício de seres vivos."

Vergílio Ferreira "Aparição" pg 139

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