28 de dezembro de 2009

as if...

como se ondulasse num baloiço ao sabor do vento e das marés. baloiço de fio grande, de prumo, pendurado sob um tecto de nuvens que se movem, tal como ele, ao sabor do vento mas ao invés. instável e inconstante como um louco, que vive no limiar da realidade, que diz o que os silêncios calam e que não se esconde nos limites do dito e não dito. louco como o vento que brame e zurra, que não tem consciência nem pesos nem e ses. e se o vento soprar de feição? e se a inconsciência meteorológica cair que nem chuva torrencial, como hoje? e se os trovões e relâmpagos em nada clareassem a mente, mas mente... à luz da clarividência não assumida. mas a luz não brilha assim... como se o baloiço, louco de velocidade, louco de verdade assomasse à porta, descesse as escadas e fosse, simplesmente fosse. louco de vontade. louco de liberdade. e o vento e a brisa e os mares, como se. e se. as if... na incondicionalidade do sentir. na inconstância do querer. no inconformismo do decidir.

5 comentários:

Anónimo disse...

Gosto muito de vir aqui, da forma como escreves e descreves situações que me revejo.
É bom ler-te e é bom ter-te comigo

* Beijinhos*

CarMG disse...

É bom saber que me lês :)
Faz-me ter vontade de escrever mais e mais!
Digo sempre, gosto que venham, gosto que leiam... e adoro quando comentam!!!!

*Beijinhos*

IsaCruz disse...

Esta noite foi memorável e rica em chuva torrencial e em relâmpagos, que em nada clarearam as mentes cansadas e pertubadas pelo fernesim de algo que existe, mas não existe... Será inconformismo do querer?
Bjs

Lina disse...

Se o vento soprar de feição, não haverá desculpas possíveis para os impossíveis que criamos, pensamos ou inventamos.
Se o vento soprar de feição, o inconformismo da decisão anula-se a si mesmo.

CarMG disse...

não podemos esperar que a chuva lave e os relâmpagos iluminem aquilo que nós não ajudamos a melhorar. seria tão mais fácil se não houvesse intervenção nossa no nosso querer...
nem o vento de feição, sozinho, consegue impossíveis!
conseguimos nós, quando realmente queremos!!!
queremos?...