14 de dezembro de 2010

Sei-te de cor

Por que te sei. Não de cor. Mas sei. Sei-te os passos e as acções. Conheço-te os pensamentos e as intenções. O cheiro que fica e não vai. O toque. O toque... não sai. Sei o que queres antes de ti. Sei o que precisas. Não é de mim. Há em ti uma intermitência agri-doce. Eu, prefiro um a seguir ao outro. Não de ti.
Oiço ao longe os teus passos e adivinho-te o caminho. Seguros e sorridentes. Sei o teu número. A tua peça. Mas o palco é meu. A pele os pelos o pululuar de agitação. Passaste do estômago para o coração. Daí, para o pensamento. Sei-te aí: guardado. Seguro. Tenho-me aqui. A seguir. A sorrir. Reconforto-me naquilo que sei e gosto: ... Por que te sei. Mas sei-me melhor a mim!

10 comentários:

Lina disse...

"Por que te sei. Mas sei-me melhor a mim!" ...

Perfeito, este post.
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CarMG disse...

Otis Redding é, de longe, muito mais perfeito ;)

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Anónimo disse...

Amei, Amei, AMEI!

I disse...

Muito bem conseguido o jogo! Na verdade, não será preciso sabermo-nos a nós para saber outro alguém? Ou pelo menos para poder acomodar tanta sabedoria nos sítios certos?

CarMG disse...

Sem dúvida que nos precisamos saber, I, para conseguirmos saber os outros, principalmente se insistirmos em vê-los através dos nossos filtros subjectivos, afinal "Nous ne voyons jamais les choses telles qu'elles sont,
nous les voyons telles que nous sommes." ;)

Maçã, aquele beijinho só pata ti :)

Sofia disse...

...apeteceu-me dizer: porque te gosto, mas gosto-me melhor a mim!
:-)

CarMG disse...

...porque somos nós que ficamos, depois de todos os ventos e tempestades.
Sim, gosto-me muito!
E gosto muito que passem por aqui também :)

Luís B. disse...

Já passei... :)

Luís B. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
CarMG disse...

Boa, Luís :)