10 de fevereiro de 2010

Onde a Lua repousa

Nos sítios recônditos e escondidos. Inacessíveis mas não impossíveis. Onde a Lua repousa, cheia, prenha de vida, de luz cinética, electrizante, na dialéctica de braille pestanejado. Do que não é dito... desejado... No colo da onda, na espuma diluída. Focos de luz. Focos de vida. Estímulos auriculares que se propagam paredes acima. Na cova secreta. Ao virar da esquina. É lá que te espera... o toque...

5 comentários:

IsaCruz disse...

Há tanta coisa a repousar no sítio "onde a Lua repousa" - sonhos, ilusões, traições, amizades interrompidas, amores desaparecidos..., etc sem fim.
Moral da história: a Lua sabe repartir o seu leito.. e repousar sempre acompanhada.

Anónimo disse...

Estes textos dão conta de mim..beijo beijo*

ZapporssoN_81 disse...

Às vezes fico com a sensação que ela repousa sentada mesmo em cima da linha de horizonte formada entre o mar escuro e o céu azulão;)

Anónimo disse...

a lua e os românticos ficaram no século XIX
ao lado das lajes
por baixo das quais os corpos repousam desde esses remotos tempos
a Lua é cobiça de chineses e americanos
lá onde os satélites pretendem chegar
mas será que há água na lua?
e se houver...
será que é como a tua?

CarMG disse...

a Lua é intemporal
certa e certeira, mesmo quando escondida
atrás de uma qualquel núvem
ou, simplesmente, à frente do nosso Sol

e é a sua metamorfose que é tão contagiante
porque
tanto nos dá a certeza da sua existência, da sua presença
noite após noite
como também nos surpreende durante o dia

durante a noite
nunca é a mesma, nunca é igual
e, só de olhar para ela, olhos nos olhos
consegue fazer de nós pessoas diferentes

corre tanto no nosso sangue como o mar, sempre aqui ao lado
e ela, sempre lá em cima